Notícias

Reforma tributária do governo é criticada por advogados

Especialistas veem méritos, mas avaliam que proposta ainda é limitada

22 de julho de 2020

fabio rodrigues pozzebom agência brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes (foto), entregou nesta terça-feira (21) a proposta de reforma tributária do governo. O Planalto quer substituir o PIS e a Cofins pela Contribuição sobre receita decorrente de operações com Bens e Serviços (CBS).

O novo tributo teria alíquota de 12% para empresas e 5,8% para instituições financeiras. O governo defende que o imposto, além de simplificar o pagamento, facilita a atividade fiscal das empresas e acaba com as duas maiores fontes de litígios tributários: dúvidas sobre insumos e exclusão do ICMS e ISS da base de cálculo.

Ao site ConJur, advogados tributaristas apontaram pontos positivos e negativos da reforma. “A proposta insiste na tributação sobre o consumo. A problemática, principalmente considerando o cenário atual de pandemia, que expôs muito nossa fragilidade social, é a base na tributação regressiva, que, direta ou indiretamente, mantém a concentração de patrimônio em uma pequena parcela da população; e não privilegia a necessária erradicação da desigualdade social e da pobreza. Tributar consumo – de maneira mais onerosa, é onerar as diferentes classes sociais de uma mesma maneira)”, avaliou Rodrigo Rigo Pinheiro, sócio do Leite, Tosto e Barros Advogados.

Tiago Conde Teixeira, sócio do Sacha Calmon — Misabel Derzi Consultores e Advogados e presidente da Comissão de Assuntos Tributários da OAB-DF, entende que, em linhas gerais, a proposta é inteligente. “Preserva a competência dos estados e municípios. Entretanto, trata-se de uma reforma ainda muito limitada e que não chega a 4% do PIB. De qualquer forma, a proposta entregue ainda tem um grande impacto para o setor de serviços, que é um importante setor da economia”, opinou.

 

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Notícias Relacionadas

Notícias

STJ deve decidir nesta quarta disputa dos anos 1990 sobre aposentadoria

Usiminas afirma não ter obrigação por pagar benefícios de aposentados da Cofavi

Notícias

Juíza condena cliente de banco por má-fé após uso predatório da jurisdição

Sentença serve de desestímulo a aventuras jurídicas, diz advogada