Notícias

MP estabelece medidas de apoio aos trabalhadores com filhos

Saque do FGTS para mães pagarem creche e para o custeio de cursos é uma das novidades

20 de maio de 2022

O governo federal publicou neste mês, no “Diário Oficial”, a Medida Provisória 1.116, estabelecendo uma série de medidas de apoio aos trabalhadores com filhos de até 4 e 5 anos de idade. O saque do FGTS para mães pagarem creche e para o custeio de cursos profissionalizantes está entre possibilidades criadas.

Gustavo Hitzschky, advogado trabalhista e sócio do escritório BHC Advogados, explica, porém, que nem todas as mudanças previstas na MP devem ser obrigatoriamente concedidas pelos empregadores. Segundo ele, a MP pretende ajudar os trabalhadores a conciliar o trabalho e a atenção aos filhos no período da primeira infância. Para isso, empregadores poderão conceder aos pais regime de tempo parcial, regime especial de compensação de jornada de trabalho por meio de banco de horas, jornada de 12 horas trabalhadas por 36 horas ininterruptas de descanso, antecipação de férias individuais e flexibilização no horário de entrada ou saída.

“Essas medidas só podem ser adotadas durante o primeiro ano do nascimento do filho ou enteado, da adoção ou guarda judicial e devem ser formalizadas por meio de acordo individual, coletivo ou convenção coletiva de trabalho”, esclarece o advogado.

Outra medida prevê a possibilidade de suspensão do contrato de trabalho dos empregados após o término da licença maternidade de suas esposas, para prestar cuidados e estabelecer vínculos com os filhos, acompanhar o desenvolvimento deles e apoiar o retorno ao trabalho de sua companheira. Gustavo explica que, nesses casos, “o contrato dos empregados poderá ser suspenso por um período de até cinco meses, para que eles participem de curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador e também deve ser formalizado”.

A MP também estabelece a liberação dos recursos do FGTS para que mães possam efetuar o pagamento de creches para os filhos, ou até custear cursos nas áreas da inovação, tecnologia ou engenharia, áreas que ainda não são majoritariamente ocupadas por mulheres.

 

Notícias Relacionadas

Notícias

Peculato e até homicídio: os crimes de quem fura a fila da vacina

Pessoas fora do grupo prioritário estão se imunizando pelo país

Notícias

Entraves e divergências ainda atrasam implementação do Código Florestal

Falta de qualificação dos dados é principal impasse, diz advogado