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Lusa tenta ganhar fôlego em ações trabalhistas

Objetivo é negociar, por meio de uma única ação coletiva, todos os processos

17 de agosto de 2020

Na semana em que a Portuguesa completa 100 anos, o clube entra com uma ação inédita no Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo. O objetivo é negociar, por meio de uma única ação coletiva (juntamente com o Sindicato dos Atletas), todos os processos trabalhistas da Portuguesa para viabilizar o clube e ressuscitar sua história, com segurança jurídica, para buscar novos parceiros e patrocinadores. Na ação, o clube é representado pelo advogado Antonio Carlos Aguiar, especialista em Direito do Trabalho sócio do Peixoto & Cury Advogados.

“Nesse processo estamos chamando todos os reclamantes. Isso porque a Portuguesa tem quase 300 ações trabalhistas que não consegue pagar. Vira e mexe existem penhoras em cima das receitas do clube. Chega a penhorar inclusive verba de salários dos empregados. Aí tem que entrar com ação para liberar verba”, conta o advogado.

Antonio Carlos lembra que assim não tem como a Portuguesa sobreviver. “Com os 100 anos do clube, o presidente Antônio Carlos Castanheira, quer tentar resolver a situação. Entramos nessa ação juntamente com o Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato dos Atletas de São Paulo. Então, a Justiça do Trabalho vai funcionar como uma espécie de mediadora. Vai fazer uma mediação com todos esses credores, exatamente para dar um prazo de sustentabilidade para a Portuguesa. É algo absolutamente inédito. Isso nunca foi feito e queremos ser o pioneiro nesse ponto”, explica.

Segundo ele, é importante mostrar exatamente a importância Justiça do Trabalho na conformação de interesses sociais, de preservação de um clube de 100 anos, e principalmente da a viabilização de pagamento dessas reclamações. “Se isso não acontecer, a Portuguesa vai acabar fechando e esses credores vão ficar sem receber nada, como já estão há muito tempo. Trata-se de uma medida onde todos ganham. Ganha a sociedade com um clube centenário, ganha a Portuguesa que se restabelece, ganha a Justiça do Trabalho que mostra a importância social dela e ganha principalmente os trabalhadores que vão receber alguma coisa que estava muito difícil, quase impossível de receberem. Então, é um ganha para todos os lados”, ressalta.

 

Foto: Portuguesa / Divulgação

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