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Forças Armadas devem ficar na Amazônia até o fim de 2022

Para Inesc, governo simula situação para “fortalecer a militarização” na região

9 de setembro de 2020

Ibama / Divulgação

O governo federal quer manter, até o fim de 2022, as Forças Armadas na liderança do combate ao desmatamento ilegal na Amazônia. De acordo com apuração do Estadão, a ideia é estender as ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), efetuadas em 2019 e neste ano, na chamada “Operação Verde Brasil”.

Segundo o jornal, a estratégia está registrada em metas do Conselho Nacional da Amazônia Legal, enviadas no fim de agosto pelo vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

Assessora política do Instituto de Estudos Socioambientais (Inesc), Alessandra Cardoso afirma que o governo, ao recorrer às operações de GLO, quer “fortalecer a militarização da Amazônia”. “Simulando uma situação inverídica de ‘esgotamento dos instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio’, como preconiza uma GLO”, disse.

De acordo com levantamento do Inesc, a Defesa tem quase R$ 1 bilhão em recursos para utilizar em operações na Amazônia. Apenas as operações Verde Brasil de 2019 e deste ano somavam R$ 44,62 milhões e receberam aporte de R$ 410 milhões por meio de crédito suplementar.

 

Foto: Ibama / Divulgação

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