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Crenças não podem influir na elaboração de políticas educacionais, diz advogada

Ministro da Educação é investigado por declaração sobre gays

Em uma das poucas entrevistas concedidas desde que assumiu o cargo de ministro da Educação, o professor Milton Ribeiro disse ao Estadão, em setembro do ano passado, que “não é normal” ser homossexual e que gays são reflexo de “famílias desajustadas”. Afirmou ainda que um “adolescente muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo” e que decidir por se relacionar afetivamente com pessoas do mesmo sexo “são questões de valores e princípios”.

Por causa dessas declarações, foi aberta uma investigação criminal. Segundo reportagem da Veja, Milton Ribeiro, em breve, será denunciado por crime de homofobia. O ministro então seria a primeira autoridade da República a enfrentar um processo dessa natureza no STF.

Ribeiro afirma que apenas repetiu o que já havia dito em outras ocasiões sobre o assunto, muito antes de entrar no governo. “Apenas expressei as minhas convicções. Essa acusação que me fazem é absur­da”, disse.

Ouvida pela revista, a advogada e desembargadora aposentada Cecília Mello, avaliou que a iniciativa de processar o ministro tem um “efeito didático” e evita que crenças possam influir na elaboração de políticas educacionais. “Na medida em que Milton Ribeiro se manifesta com viés discriminatório, há um grande risco de políticas públicas relacionadas à educação refletirem esse viés”, declarou.

 

Foto: Parada LGBT de Copacabana / Divulgação

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