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Com IGP-M alto, cresce renegociação para troca de indexador para aluguéis

Índice acumula alta de 24,86% em 12 meses até setembro

19 de outubro de 2021

O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), utilizado para reajuste dos contratos de aluguéis, acumula alta de 24,86% em 12 meses até setembro. Para efeito de comparação, no mesmo período do ano passado, o avanço era de 17,94%%.

Com a escalada, locadores e locatários vêm negociando a troca do IGP-M pelo IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo), a inflação oficial. Novos contratos já contam com a mudança na cláusula de reajuste. Os antigos estão sendo negociados pela maioria dos proprietários de imóveis residenciais.

Em julho, o PSD ingressou com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 869) no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a troca do IGP-M pelo IPCA nos contratos de locação residenciais ou não.

A Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos) e as associações de lojistas de shopping center dos Estados de Minas Gerais (Aloshopping-MG) e de Pernambuco (Aloshop-PE) ingressaram como “amicus curiae” no caso.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou pelo não conhecimento de descumprimento de preceito fundamental. Entre os argumentos, avalia que a mudança do índice de reajuste dos contratos de locação não pode se dar abstratamente e de forma linear para todos os setores da economia.

Ao Valor, a advogada Kizzy de Paula Mota, do Peixoto & Cury Advogados, concordou. “O procurador-geral foi muito técnico e também assertivo. O pedido do PSD é descabido pelo próprio manejo desse remédio constitucional que é a ADPF. O partido quer, na verdade, que o Supremo se manifeste sobre um assunto sem que tenham sido esgotado todas as vias”, disse.

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