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TSE acerta ao centralizar apuração de votos, dizem advogados

Contagem atrasou com falha em supercomputador

20 de novembro de 2020

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) centralizou neste ano em sua sede, em Brasília, a contagem dos votos das eleições municipais. Antes, cada TRE (Tribunal Regional Eleitoral) fazia sua própria apuração e enviava posteriormente à capital federal.

O supercomputador contratado pelo Tribunal para receber dados simultâneos das 400 mil seções eleitorais brasileiras, no entanto, apresentou uma falha no seu núcleo de processamento, atrasando a contagem.

O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, justificou que a pandemia afetou os testes nas máquinas usadas durante todo o processo.

Advogados reconheceram os esforços da Corte. “A Justiça Eleitoral agiu de modo adequado, tendo-se em conta que teve de considerar os eventos que aconteceram em outros órgãos, como o STJ, como também a proximidade da data da votação e a impossibilidade de seu adiamento”, afirmam o sócio-fundador do Fidalgo Advogados, Alexandre Fidalgo, e sua sócia Ana Paula Fuliaro, lembrando do ataque hacker sofrido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no início do mês. Para eles, o tribunal, “dentro dessa ponderação, adotou medidas possíveis.”

A mudança foi definida como “considerável” pelo sócio fundador do Damiani Sociedade de Advogados, André Damiani. Na sua visão, também houve um maior ganho de segurança no pleito. “A centralização dos votos no TSE em Brasília garante uma maior segurança em detrimento ao modelo anterior adotado”, disse. “O novo modelo operacional reduz as vulnerabilidades, visto que minimiza a exposição de banco de dados, bem como a quantidade de servidores que possuem acesso a eles”.

Sobre as tentativas de ataque hacker aos sistemas da Justiça Eleitoral, Damiani pontuou que estes tinham um objetivo diferente da urna eletrônica. “O ataque não guarda relação com o processo de votação, visto que as urnas não funcionam por rede com ou sem fio, ou seja, impossibilitando, na raiz, qualquer tipo de ataque cibernético”, disse.

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